
A Fala
"Sou de uma Europa de periferia
na minha língua há um estilo manuelino
cada verso é uma outra geografia
aqui vai-se Camões e é um destino.
Velas Veleiro Vento. E o que se ouvia
era sempre na fala o mar e o signo.
Gramática de sal e maresia
na minha língua há um marulhar contínuo.
Há nela o som do sul o tom da viagem.
O azul. O fogo de Santelmo e a tromba
de água. E também sol. E também sombra.
Verás na minha língua a outra margem.
Os símbolos os ritmos os sinais.
E Europa que não mais Mestre não mais.''
Manuel Alegre, 30 Anos de Poesia, 2.ª ed., Publ. Dom Quixote, 1997
Soneto, é o nome que lhe é dado, devido a sua estrutura, obedece ao espartilho limitador, contendo catorze versos, duas quadras e duas estrofes, cada verso é um decassílabo. Poema que realça e evidência, valores, histórias, descobrimentos, e muito mais sobre PORTUGAL. Cada palavra, cada frase, cada verso, cada estrofe, diz o quanto Portugal viveu no passado, Camões é uma das personagens que Manuel Alegre destaca no seu poema, referindo a sua pessoa, como símbolo Nacional, referindo o quanto Camões fez por Portugal. Usando figuras de estilo como, a assonância e a aliteração ‘’ Velas veleiro vento.’’, metáfora e a antítese ‘’ E também sol. E também sombra.’’, faz-nos perceber melhor o seu poema. Orgulhar-nos de Portugal e perceber a história que existe por de trás de cada batalha, cada descobrimento, é uma das mensagens que Manuel Alegre pretende deixar, e na minha opinião, devemos orgulhar-nos, do quanto Portugal lutou, e combateu, para chegar hoje onde chegou, por ser recordado com vários monumentos e termos tantos turistas a visitar o nosso país, há que ter amor a pátria, há que se orgulhar do nosso povo e da nossa língua. ‘’ Sou de uma Europa de periferia ‘’; ‘’ E Europa que não mais mestre não mais. ‘’ Vamos orgulhar-nos e dizer a todos o valor que o nosso país tem!
Sem comentários:
Enviar um comentário